Na sequência da conversa do blog Dezembro e da noticia do DN em que se dizia que as mulheres portuguesas trabalham mais, por necessidade, depois de terem os filhos, decidi deixar aqui a minha expressão de tristeza e até insegurança...
Cada vez mais a gravidez é vista como um mal que atrasa a economia do país e as mães sentem necessidade de quando voltam ao trabalho superar as expectativas e o que esperam de uma mãe recente. Infelizmente não são respeitados os seus direitos e ouvidas as suas necessidades e como não há volta a dar a isso, pelo menos a curto prazo, temos de nos ir adaptando.
É triste ...
...Sinto-me insegura porque a verdade é que terminei a licenciatura em biologia em 2005 e não vejo grandes perpectivas de vir a desenvolver carreira nesse ramo. Claro que me sinto uma previligiada por não passar necessidades e agora poder usufruir de todo o meu tempo para cuidar da Barriguitas e do CutxiCutxi.
Quando terminei o curso e vi que não iria arranjar trabalho tão rápido como esperava na área que queria, eu e o Papá decidimos iniciar a nossa vida a três. Claro que agora com a surpresa que o CutxiCutxi nos fêz vou atrasar mais ainda o ínicio de uma carreira profissional...mas acredito que tudo se encaminhará :)
"O resultado é que algumas mulheres com estudos começam a sentir-se envergonhadas e culpabilizadas por ficarem grávidas, como se se tratasse de uma complacência à qual têm direito. Abordam o parto e as tarefas iniciais da maternidade num estado de espirito profissional, decididas a fazer as coisas bem, mas preocupadas em voltar aos verdadeiros desafios da vida passados alguns anos, meses ou mesmo semanas. Os filhos representam uma interrupção da sua vida «real»"
"Mães- um estudo antropológico da maternidade"
"Aprender a ser mãe não é uma questão de adoptar uma dada série de atitudes, mas sim de exprimir a própria personalidade respondendo com flexibilidade às necessidades da criança. Todas as mulheres atingem a maternidade com uma combinação ímpar de aptidões e de experiência. A mãe «perfeita» é algo que não existe, tanto mais que o papel de mãe só adquire significado quando faz parte de uma relação a dois que se desenvolve entre a mãe e a criança, e, se há outras crianças na familia, da relação entre todas as crianças e a mãe e entre cada uma e o conjunto das outras. A mãe vê-se a si própria nos olhos dos outros, e também nos olhos do marido. Aquilo que ela é, e a forma como conceptualiza o seu papel, é em grande medida um produto de todas estas imagens do seu eu, que, sobretudo numa grande familia, em cada dia e em cada hora estão sujeitas a transmutações caleidoscópicas, dependentes das situações e dos actores.
Na realidade, a maternidade nunca se aprende, sendo antes algo que evolui."
Ando a ler...
"Mães - Um estudo antropológico da maternidade" de Sheila Kitzinger
Encontrei este desafio no blog da Tia, experimentei e achei tão engraçado que resolvi partilhar :)
Joguem lá!
O desafio consiste em:
1. Pegar no livro mais próximo (neste momento, o que estiver mesmo, mesmo mais à mão)
2. Abri-lo na página 161 (não sei porquê 161 mas é esta a regra!)
3. Procurar a 5ª frase completa (também não sei porquê a 5ª mas não confundam com parágrafo)
4. Colocar a frase no vosso blogue ou como comentário no meu
5. Não vale escolher a melhor frase no melhor livro (peguem no que têm mais à mão)
6. Passar o desafio a cinco pessoas.
O meu resultado:
A 5ª frase da pág. 161 de "Mães - Um estudo antropológico da maternidade" de Sheila Kitzinger:
Ela é a bruxa, a madrasta perversa que dá uma maçã envenenada a comer à enteada e que ordena ao pastor que a mate e que lhe traga o seu coração.
...num livro sobre mães, o que dizer das madrastas!?
Passo o desafio a quem ler este post e espero, que venham mais de 5 pessoas aqui vê-lo!
mimem-me e escrevam os vossos resultados...
:: "Mulheres trabalham mais ...
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